História do Grupo 23

História do nosso Grupo começa muito antes do seu nascimento e mistura-se com a história dos nossos fundadores.

Justino Estevão da Silva Grupo 23

 

Justino Estevão da Silva tinha 37 anos quando fundou o Grupo 23. Iniciou o seu percurso escotista no Grupo 2 da Ajuda (Lisboa) onde foi elemento das Tribos e do Clã, e ainda Chefe de Tribo durante vários anos. Depois tornou-se Chefe auxiliar da Chefia Regional de Lisboa e mais tarde Secretário Geral-Adjunto da Chefia Nacional onde foi o grande impulsionador e responsável por trazer o JOTA para Portugal. Em 1967 organizou a comissão para abrir um novo Grupo em Queluz pois vivia cá. Tornou-se, depois da abertura do Grupo, o primeiro Chefe de Grupo do Grupo 23 de Queluz.

João Fulberto Guerra Silva Grupo 23

João Fulberto Guerra Silva, o outro co-fundador do Grupo 23, tinha 49 anos aquando da abertura. Foi escoteiro e dirigente durante vários anos no Grupo 23 da Madeira que tinha sede no Funchal. O Grupo 23 da Madeira (pensa-se) fechou no fim dos anos 50. O João, que entretanto veio viver para a zona de Lisboa e Sintra, dedicou grande parte da sua vida a apoiar a abertura de novos Grupos da A.E.P. principalmente no concelho de Sintra. O primeiro de todos os Grupos que ajudou a abrir foi o nosso, e por isso mesmo foi buscar o antigo número do seu primeiro Grupo (23). Após a abertura do Grupo foi durante 2 anos Chefe-Adjunto, altura em que saiu para ir apoiar a abertura de outro Grupo.

Em Queluz existia já uma Patrulha de Escoteiros, pertencente ao Grupo 2 da Ajuda – a Patrulha Lobo. No entanto viviam demasiado longe da sede do Grupo e acabavam por quase nunca lá ir. Eram no entanto uma patrulha muito ativa e havia muitos outros jovens que queriam juntar-se a eles. Ao perceberem a potencialidade para abrir uma unidade local em Queluz, o Justino e o João juntaram em 1967 uma comissão de abertura para o novo Grupo. A comissão reuniu pela primeira vez a 16 de Dezembro de 1967 em casa do chefe Justino e estiveram presentes todos os membros da comissão: Justino Estevão da Silva (dirigente da AEP), João Fulberto Guerra Silva (antigo dirigente da AEP), António Ferreira Pinto (antigo dirigente da AEP), Alfredo Simas Mateus (antigo dirigente da AEP), Henrique Vera Estrela (escoteiro no ativo da AEP), Olegário de Jesus Freitas (cidadão de Queluz) e João Gaspar Santana (cidadão de Queluz).

Grupo 23 de Queluz

A 22 de Fevereiro de 1968, dia do Pensamento (data de nascimento do Fundador do Escotismo em 1857), foi formalmente inaugurado o Grupo 23 de Queluz, já na altura com bastantes jovens. Pode ler-se numa acta dessa altura que “o lenço do Grupo será um triângulo de cor Grená, debruado a fita amarela”. Entretanto, nos anos 70, por falta de pano Grená de qualidade, a Chefia do Grupo 23 decide mudar ligeiramente o tom, e decide-se que o lenço passa a ser “Bordeaux e Amarelo”, cor que ainda hoje mantemos (ler mais sobre o Lenço do nosso Grupo aqui). No início do Grupo, e durante muitos anos, a responsável por fazer os Lenços do nosso Grupo foi a Chefe Alzira, que morava nos 4 Caminhos. Entretanto já várias pessoas foram responsáveis por fazer o nosso Lenço, mas sempre mães de escoteiros do nosso Grupo.

Lenço Bordeaux Amarelo Grupo 23

A primeira sede do Grupo, durante o primeiro ano de vida, foi num sótão situado no nº23 perto dos 4 Caminhos de Queluz. Na festa do 1º Aniversário a sede mudou-se para a cave do nº64 na Rua Dr. Joaquim Eleutério Gaspar Gomes, muito perto da nossa atual sede. Entretanto, com o crescimento do Grupo, mudámos para o Beco do Capucho em 1970, onde ainda hoje estamos.

Hino de Grupo foi composto pelo Chefe João Fernando em 6 de Abril de 1979. Durante muitos anos foi cantado no Grupo como uma música normal. Em Novembro de 1987, no Conselho de Chefia de Catalazete, foi aprovada como “Hino de Grupo” e assim permanece até hoje. O Chefe João Fernando foi elemento do nosso Grupo durante vários anos e um dos primeiros Chefes de Grupo.

O nosso Grupo já teve muitos Chefes de Grupo desde 1968. Desde o primeiro – Justino da Silva -, até ao atual – David Otero -, alguns dos que usaram 3 travincas foram o Mário Melo, João Fernando, António Conde, Rui Lopes, Orlando, João Maceira, Vítor Luís, Manuel Oliveira, Pedro Vaz, Paulo “Fifi” Firmino, Rita Costa, Maria João “Joni”, Paula Leitão, João Moreira, Joana “dos Bosques”… Mas tão importantes quanto os Chefes de Grupo foram as dezenas de Dirigentes que ao longo dos anos prestaram serviço no nosso Grupo. E é graças a todos eles que o Grupo 23 chegou aos dias de hoje com a força que conhecemos. E é com muito orgulho que muitos deles continuam a estar presentes anualmente no Jantar da Velha Guarda, a visitar-nos aos sábados e a comunicar connosco de forma regular.

Foram também muitas as Patrulhas que já existiram no nosso Grupo. Além da nossa primeira Patrulha Lobo (que ainda hoje existe como patrulha masculina da Tribo de Exploradores), estão neste momento abertas a Patrulha Leão (masculina da Tribo de Exploradores), Patrulha Lince (feminina da Tribo de Exploradores), Patrulha Koala (feminina da Tribo de Exploradores), Patrulha Açor (guias da Tribo de Exploradores), Patrulha Tigre (masculina da Tribo de Escoteiros), Patrulha Falcão (masculina da Tribo de Escoteiros), Patrulha Panda (feminina da Tribo de Escoteiros), Patrulha Pantera (feminina da Tribo de Escoteiros) e Patrulha Chita (guias da Tribo de Escoteiros).  Além destas, algumas das patrulhas que já existiram e cujas bandeirolas continuam no nosso Museu de Grupo são a Búfalo, a Castor, a Morcego, a Raposa, a Gibão, a Grifo, a Corvo, a Roaz, a Kiwi, a Puma e a Pinguim. No activo temos ainda 5 bandos na Alcateia (Branco, Castanho, Preto, Cinzento e Ruivo) e várias equipas de interesse no Clã.

Também as Divisões já tiveram várias místicas. Hoje em dia a somos a Alcateia Seeonee, A Tribo de Escoteiros é a Tribo Maori, a Tribo de Exploradores é a Tribo Celta, o Clã é o Njörskman Clan, e a chefia é a Chefia Dª Maria Pias. Mas houve outras… a Tribo Jívaro, a Tribo Inca, a Tribo Misuma, o Clã Dom Afonso Henriques, entre outros.

Desde a abertura, o Grupo 23 já esteve por todo o Portugal (incluindo ilhas), e fizemos também grandes actividades internacionais em Espanha, Holanda, Inglaterra, França, Itália, Suiça, …. Alguns dos locais de grandes actividades em Portugal foram os Açores, Santiago de Compostela, Gerês, Montesinho, Douro Internacional, Rio de Onor, Aveiro, Serra do Açor, Serra da Freita, Serra da Estrela, Serra da Malcata, Pinhal de Leiria, Santa Comba Dão, Arganil, Sertã, Tejo Internacional, Entroncamento, Alenquer, Sintra, Arrábida, PNEC, Belas, Évora, Beja, Cercal, Barrancos, Faro… entre centenas de outros locais.

Hoje em dia somos uma enorme família composta por cerca de 120 escoteiroscentenas de pais e famíliares activos e centenas de antigos escoteiros, num dos mais ativos Grupos de Escoteiros do nosso país. Exigimos a excelência, ousamos o (im)possível, trabalhamos arduamentesonhamos alto e lutamos apaixonadamente para cumprir tudo isto. Sempre de Bordeaux e Amarelo ao peito, sempre com o orgulho de gritar “23” a correr nas veias e sempre com a cabeça erguida a pensar no futuro. Mas acima de tudo, humildes e alegres a cumprir o nosso Lema de Grupo: “O que vale não é o que temos, mas o que conseguimos fazer com aquilo que temos” (Baden Powell, fundador do Movimento Escotista).

Queluz, Queluz, Queluz

23!